Há experiências que mudam mágica
e completamente a vida de uma pessoa. Há alguns meses que venho tendo
experiências assim e essa dança foi inspirada na mais forte de todas: no
contato com o Divino através da Ayahuasca. Não consigo, com palavras, explicar o que
aconteceu, mas uma imagem materializou uma parte dessas sensações.
Um dos maiores questionamentos
que eu tinha me fez pedir orientação na cerimônia na qual tomei o chá.
Perguntei se a dança faz parte da minha vida por uma questão de ego, apenas
para exibição, ou se é realmente algo que faz parte do meu Ser. A beleza da
resposta ainda é emocionante e ainda choro de alegria ao lembrar da dança de
pavões em minha volta e do final da resposta que me foi dada: a dança da Deusa.
Em um momento da cerimônia
começou a tocar a música Tupinambá, do grupo Mantric Mambo e algumas mulheres
ali presentes começaram a dançar. Uma delas fez meu ser transbordar de
felicidade. Aquela mulher dançando, com aquela força e aquela sensualidade, foi
uma das coisas mais lindas que já vi em minha vida. Era uma Deusa dançando... e
aquilo tudo mudou radicalmente minha forma de dançar também.
Decidi me apresentar com essa música no
evento Tribalize, que ocorreu em Brasília, no dia 15 de abril e foi organizado
pelo grupo Clann (Raisa Latorraca, Amanda Zayek e Gabi Ribeiro). Precisava de
uma música “feliz” e essa me veio no momento em que recebi essa orientação. O
engraçado é que fiz a coreografia muito rápido, tudo fluiu... Inclusive decidi
fazer um movimento que a última vez que havia feito foi quando tinha 17 anos... Inventei
de treiná-lo um dia antes da apresentação e dancei com a pernas queimando, mas,
como aquilo, pra mim, era uma celebração, foi perfeito! Senti um pouco daquela
força que vi na mulher/Deusa.
A minha gratidão é profunda!
Minha dança não é mais a mesma depois daquela cerimônia. Apesar de não ter
feito algumas coisas que havia treinado, não saí com aquela sensação de que
algo havia faltado. Já saí de muitas apresentações pensando: “errei tal parte da
coreografia”, “devia ter treinado mais”, “fiquei nervosa”, “foi uma bosta...”. O
meu ego me destruía a cada apresentação e agora está diferente, pois, usando
uma frase que ouvi muito durante a Imersão que fiz no carnaval (e onde tive essa experiência fantástica): tudo é perfeito!
Depoimento lindo e dança poderosa!
ResponderExcluirMuito bom de ler essa sua experiência.
Beijos*